
A palavra biodiversidade apareceu há não muito tempo. Certamente, tornou-se conhecida a partir de uma reunião realizada nos Estados Unidos, cujos trabalhos foram publicados em 1988, num livro organizado pelo ecólogo Edward O. Wilson, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
O conceito de biodiversidade procura referir e integrar toda a variedade que encontramos em organismos vivos, nos mais diferentes níveis.
Como se trata de um tesouro vivo, é preciso aprender a explorá-lo sem esgotar-lhe a vida que é, ela própria, a primeira razão e última do seu imenso valor económico e social.
Com esse artigo pretendemos reflectir o que vem a ser a biodiversidade. Cogitar ainda o seu sentido na importância inter-relacional da vida, do planeta e do equilíbrio do meio ambiente. Em seguida, reflectimos sobre os desafios a conhecer das atitudes prejudiciais ao meio ambiente e como conceber um valor à biodiversidade.
Os humanos têm que viver dentro das mesmas limitações ecológicas que as outras espécies do planeta, incluindo o Homem, estão dependentes da capacidade de carga do meio. Muita da poluição e degradação ambiental acaba por prejudicar directa ou indirectamente o Homem.
Cada espécie tem o direito a existir, todas as espécies representam soluções biológicas únicas, resultando de um processo evolutivo único que demorou milhões de anos. Quando o Homem é responsável pela sua extinção, não está apenas a extinguir uma espécie, mas toda uma linha evolutiva que inclui todas as espécies que poderiam evoluir a partir dela. Trata-se no fundo, do ponto de vista evolutivo.
A diversidade biológica é indispensável para o estudo de questões científicas de fundo e de grande importância para a humanidade como a origem da vida e a evolução.
Torna-se clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover, sob um modelo de desenvolvimento sustentável, a compatibilização de práticas económicas, com reflexos positivos evidentes na qualidade de vida dos cidadãos.